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  • Foto do escritorHélio Camargo

Enoque um homem que andou com Deus

“Enoque é uma figura do arrebatamento da Igreja de Jesus, quando Ele um dia nos levará para Si eternamente”


Por toda a Bíblia, há uma quantidade enorme de homens que foram usados por Deus na execução de Sua vontade. Em toda História do Cristianismo, podemos ver os grandes vultos de cada geração que se submeteram a Deus. Aliás, eles foram exemplos, e como tal, devem ser seguidos. O mesmo precisa acontecer com a nossa história. Não podemos viver da glória do passado. Deus quer e está levantando em nossa geração homens e mulheres que se submetem à Sua vontade e que cumpra todo o Seu querer. Contudo, uma pergunta se faz: “Você está disposto a dizer ‘Eis me aqui’?” Nós herdamos o alicerce das gerações anteriores e construímos sobre esse alicerce. Porém, o que deixaremos para a geração vindoura? Diz o texto de Hebreus (capítulo 11, verso 5) que “Pela fé Enoque foi trasladado, para não ver a morte, não foi achado, porque Deus o trasladara. Pois antes da sua trasladação, alcançou testemunho de que agradara a Deus.” O livro de Judas diz: “Concernente a estes profetizou Enoque, o sétimo depois de Adão: Vede, o Senhor vem com milhares de seus santos, para fazer juízo contra todos, e para fazer convictos todos os ímpios, acerca de todas as obras ímpias que impiamente praticaram, e de todas as duras palavras que ímpios pecadores contra ele proferiram” (V.14 e 15). Gênesis nos informa: “Andou Enoque com Deus, depois que gerou a Matusalém, trezentos anos, e gerou filhos e filhas. Foram os dias de Enoque trezentos e sessenta e cinco anos. Andou Enoque com Deus; e já não era, porque Deus para si o tomou” (5:22-24). Aqui está Enoque. Se fizermos uma retrospectiva, chegaremos ao seu antepassado próximo, Adão. Após a sua expulsão do Jardim do Éden, Adão teve Caim e Abel. Após a morte de Abel (assassinado por Caim), Eva tem um novo filho, Sete. Assim, Caim e Sete encabeçam as duas principais linhagens que havia até o tempo de Noé. Dois caminhos distintos, duas gerações opostas. Grande diferença havia entre os que saíram de Caim e os que saíram de Sete. Aqui já notamos uma divisão na humanidade: os filhos de Deus e os filhos dos homens, ou seja, os descendentes da “serpente” e os descendentes da mulher, e a inimizade prevista. Os justos e os ímpios, os que adoravam a Deus e a Ele ofereciam sacrifícios, e os que viviam para si e para a satisfação dos seus desejos e instintos. Enoque é da descendência de Sete. O nome Enoque significa, consagrado a Deus; isto indica pais piedosos que ensinaram desde o seu nascimento os caminhos do Senhor, o caminho da justiça e da obediência à vontade de Deus. Pai, o que você têm ensinado a seus filhos? Em que caminho os têm conduzido? Enoque honrou o que recebeu. Foi homem de fé viva, um grande pregador do Evangelho, fazia a vontade de Deus e muito O agradava. Como nesta época não tinha revelação escrita, o ensino era transmitido de pai para filho. Enoque não só aprendeu a amar o Deus Criador, como ensinou seus filhos, e ele próprio viveu piedosamente em íntima comunhão com Deus (na época falava diretamente aos homens). Deus fala aos que estão dispostos a ouvir e obedecer. Ele falou com Caim, mas foi inútil, e com você? Você pode argumentar: “Mas naquela época era mais fácil.” Mais fácil o quê? Você se lembra de que após alguns anos, Deus enviou o dilúvio para destruir toda a raça humana? Sabe por quê? Tal era o nível de perversão e depravação que os homens haviam chegado, tal a maldade, crueldade, impureza e toda sorte de corrupção. Foi neste “lindo” ambiente que Enoque viveu e criou seus muitos filhos, conseguindo manter comunhão com Deus e fazer Sua vontade. Enoque fez diferença no meio de uma geração pervertida e má. Tanto o mundo não o mereceu que Deus decidiu levá-lo para si sem que ele experimentasse a morte. Ele estaria melhor juntinho do Pai celestial. Mas ele viveu trezentos e sessenta e cinco anos até que foi arrebatado. Isto nos leva a tirar algumas lições desta preciosa vida: Primeiro: Ele pecou? A Bíblia diz que “todos pecaram” e que “não há um justo sequer”. Ele pecou. Se entendermos que ele viveu trezentos e sessenta e cinco anos, e sua vida é resumida em apenas quatro versos, percebemos que o autor identifica apenas os aspectos mais importantes da vida dele e dos demais que aparecem. Moisés, em apenas cinco capítulos, narra dois mil anos aproximados de História. Não dá para entrar em detalhes, entende? Somente Adão e Jesus foram perfeitos. Adão falhou, é claro. Andar com Deus, fazer a Sua vontade, agradá-Lo, certamente não é viver sem pecar, isto seria impossível para nós, pois somos seres humanos e passíveis de erros. Entretanto, um elemento se destaca na vida de Enoque: A fé e a dependência de Deus no dia-a-dia. Isso fez toda diferença em relação aos demais. Enquanto os outros faziam a sua própria vontade, Enoque procurava ouvir a Deus, ter uma comunhão diária com Ele. Isso com certeza significou sacrifícios, luta contra os desejos carnais e contra as paixões que dominavam sua época e seus contemporâneos. Mas isto agradou a Deus. Portanto, eis um princípio. Fazer a vontade de Deus é ter uma vida de fé e dependência contínua nEle. É lutar contra os desejos e paixões carnais e isso nos leva a ter uma vida diferente dos demais. Como precisamos de homens e mulheres que façam diferença em nossa geração! Homens consagrados ao Senhor, que busquem comunhão diária com Ele, que vivam na dependência de Deus. Isso certamente significa desafiar e se opor à moral e as coisas consideradas comuns em nossa época. Agora, uma pergunta: “A nossa geração está melhor do que a de Enoque?” Certamente que não, mas lá havia um Enoque a ser usado, e hoje? Segundo: Enoque andou com Deus trezentos e sessenta e cinco anos. É certo que não dá para viver tanto tempo hoje em dia, mas dá para viver trezentos e sessenta e cinco dias do ano com Deus, firmes, sem vacilar. Isto não é um desafio matematicamente interessante? Terceiro: Somente a fé pode nos levar ao encontro de Deus. A trasladação de Enoque é uma figura do arrebatamento da Igreja de Jesus, quando Ele um dia nos levará para Si eternamente. Somente dois tiveram o privilégio de ser trasladados, Enoque e Elias, mas todos podem ter o privilégio, pela fé, de um dia, encontrar-se com o Senhor. E sabemos que somente os que fazem a vontade de Deus terão este privilégio.


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